Olá, meu nome é Leila Krüger e sou colaboradora aqui na Revista Projeto Autoestima. Sou escritora, jornalista e trabalho há vários anos como Ghost Writer (escrevo ou supervisiono a escrita de livros e de outros conteúdos, sob sigilo e contrato). Hoje, quero contar um pouco sobre a minha vida. Ou melhor, sobre um livro que escrevi sobre a minha vida, ou boa parte dela. Um livro sobre juntar cacos de falta de amor-próprio, falta de reciprocidade, sobre enganos, perdas, mas também perdão a si mesma, ao próprio passado, sobre se refazer de relações tóxicas, se reerguer e recomeçar.
Quando olhei para o espelho, rachado, sujo e triste, vi que precisava me libertar, libertar o que rugia dentro de mim, toda a dor, a raiva, as perguntas não respondidas, os arrependimentos, as incertezas totais quanto ao futuro. Então, um dia, uma frase aconteceu em minha mente: COMO AMAR DEMAIS EM UM MUNDO CANALHA?
Sim, canalha! Claro, não sou perfeita, mas como recebera o mal pagando com o bem! Como tentara ajudar a quem amava, me destruindo! Como me importava com quem não se importava comigo, e como eu mesma não me importava o suficiente comigo e não sabia enxergar! Ponderando sobre todas as "canalhices" e dores que havia passado desde a infância, mas, em especial, submersa em um relacionamento abusivo, eu precisava MESMO escrever, ou melhor, traduzir o que tinha vivido e mais, o que ainda queria - e ia - viver. Perdi minha identidade, meu amor-próprio, minha dignidade, e, para o bem e para o mal, minha inocência. Doía muito, muito. Mas eu já havia me levantado, e desta vez eu me levantaria mais forte e diferente, eu me ergueria para FAZER A DIFERENÇA. Coloquei-me a pensar e pensar...
Então, outro dia, sopraram outra frase dentro de mim: "A dor cria coisas bonitas / Grande mistério das nossas vidas". É mesmo, eu poderia criar algo belo, que tocasse não só a mim, mas a outras pessoas, quem sabe elas se sentissem como eu, ou tivessem se sentido. Seria um livro que libertasse (ou clamasse) não só a mim, mas aos leitores. Um livro sobre transformação. Dos cacos juntados ao coração inteiro: "Como Amar Demais em um Mundo Canalha".
COMO ESQUECER, COMO RECOMEÇAR, COMO AMAR A SI MESMA
Com dedos trêmulos e o coração entalado na garganta, mas certa de que estava fazendo exatamente o que devia fazer, deixei que os versos ecoassem, as frases, coisas lancinantes, ora apenas nostálgicas e distantes, e algumas batalhas das quais descobri ter orgulho de ter vencido. Eis o processo: ME REDESCOBRI SER HUMANO ÚNICO, DIGNO E LIVRE, E UMA MULHER PLENA E DIGNA DE SER FELIZ E AMADA ao escrever "Como Amar Demais em um Mundo Canalha".
Você concorda que merece o mesmo, por mais que tenham feito com seu coração, sua alma, com quem você foi um dia?
Convidei minha amiga de longa data Rubia Fava a transformar em imagens cada trecho do livro. "Bilhetes", como disse, sobre a obra, a grande escritora e jornalista Andrea Del Fuego, vencedora do prêmio José Saramago. Tem razão, Andrea, são bilhetes, realmente bilhetes com lágrimas de tristeza e alegria, transcendentes bilhetes, palavras-bilhetes querendo dizer mais que palavras poderiam querer, complementadas por ilustrações. Ilustrações capazes de atingir o âmago de mim, dos leitores, imagens e palavras feitas de pura alma. Do caminho de perdição e abandono por que passei, da questão do que é ser mulher e livre, humana e borboleta, cinzenta e depois girassol, com girassóis ao meu redor, de tudo isso nasceu "Como Amar Demais em um Mundo Canalha".
Assista a um dos clipes do livro no meu canal no YouTube:
Dedos trêmulos, dor física no peito, dor nos ossos, gosto amargo na boca, comecei a dedilhar, como em um antigo piano solitário, sobre meu passado, meu presente, relacionamentos, e em especial um deles, em que, pesem minhas culpas... fui totalmente enganada, humilhada, perdi minha identidade que ainda se formava; disseram que eu era o que eu não era, eu dei tudo e recebi quase nada, fui cega, não vi os sinais que todo mundo via, não me amei, me esqueci, não reconheci a maldade - e, como disse, perdi a inocência. E perdi o chão dos pés, me afogando em substâncias fáceis para tentar aplacar o vazio do tamanho de um buraco negro.
Obs.: Todas as imagens pertencem ao livro "Como Amar Demais em um Mundo Canalha", editado e publicado pela editora Dialética.
Mas, enquanto escrevia, eu me desprendia, perdoava, me perdoava e recomeçava. Era girassol nascendo, borboleta se transformando para poder voar mais alto do que antes.
É sério, parecia que eu ia morrer. Mas aconteceu o contrário: comecei a me amar outra vez, me cuidar outra vez, e aprender, amadurecer com o que havia vivido através de uma transformação profunda em meu coração. O título pronto, "Como Amar Demais em um Mundo Canalha", veio com palavras prontas, espontâneas, verdadeiras.
O SIGNIFICADO DA OBRA: SE AMAR E RECOMEÇAR
Dividi o livro "Como Amar Demais em um Mundo Canalha" em três partes, que foi minha trajetória árdua, duríssima, mas, afinal, reconciliadora, recompensadora e perdoadora: CORAÇÃO PARTIDO, CORAÇÃO TRANSFORMADO e CORAÇÃO INTEIRO. Borboletas - sinais de transformação e de liberdade - e girassóis - símbolos de alegria, esperança, fé, recomeço - seriam, como disse, as matérias-primas vitais para AMAR DEMAIS EM UM MUNDO CANALHA. Eu queria me amar e amar outra vez, era isso!
Assim, apenas em meu quinto livro, este, é que realmente apareceu aquela garota escondida em nuanças de "Reencontro", meu primeiro romance - publicado nos Estados Unidos como "The Encounter". Surgiu minha alma inteira. Entrego-a a você nestas páginas, mulher, homem, menina, menino, seja quem você for, quero que saiba que há esperança e que podemos sempre nos reencontrar.
Como me disse Ivan Junqueira, nobre membro da Academia Brasileira de Letras, pouco tempo antes de falecer, ao ler minha obra, o mais importante em um livro é ter verdade interior. Entrego a você um livro repleto da minha verdade interior. Talvez algumas, ou muitas sejam suas verdades, seu passado, presente ou futuro. Vivemos em ciclos, passamos por fases, e é sempre difícil superá-los, como um relacionamento, por exemplo, ou o relacionamento que costumávamos ter com nós mesmos.
ONDE COMPRAR "COMO AMAR DEMAIS EM UM MUNDO CANALHA"
Em breve aqui e em outras lojas:
SINOPSE
Nesta obra delicada, corações, girassóis e constelações vão e vêm como refrão. É preciso voltar a dizer o que nunca é dito o suficiente: amor, mil vezes, enquanto houver existência. Poemas orgânicos que levam ao órgão, à flor, ao peito, sentimentos ditos com a soltura de uma bailarina. São bilhetes e também uma exigência, se "há tanta gente presa que não consegue gritar'', é preciso que o poema também abra o mundo.
- Andrea Del Fuego, escritora, jornalista e vencedora do Prêmio José Saramago
É, leitora, leitor, são tempos difíceis para amar e se amar de fato. Não falo do narcisismo das redes sociais, falo do amor de verdade, mais fundo, equilibrado, saudável, recíproco. Por outro lado, são tempos de se libertar, de voar, alto como uma borboleta, de amadurecer e crescer, grande como um girassol. Tempos de compartilhar, de dizer verdades que precisam ser ditas, de ser sincero, de buscar, de amar mais do que sempre e sempre. E, por fim, combater, como cito em "Como Amar Demais em um Mundo Canalha", o vírus mais mortal, milenar e implacável - não o Covid, mas a falta de (SE) amar.
Tenham uma semana repleta de borboletas azuis e girassóis amarelos!
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