Fundação Edmilson - Foto Divulgação |
Atividades contribuem para a mudança de comportamento, criando novas possibilidades
Não é de hoje que os projetos sociais transformam a vida de crianças e adolescentes. E nesse sentido, a Fundação Edmilson vai além. Com a premissa de oferecer uma nova oportunidade para crianças e adolescentes em estado de vulnerabilidade, a Fundação promove a inclusão social e atua, não só na vida dos atendidos pelo espaço, mas também em suas famílias, que são um pilar importante na construção de cidadãos do bem.
É notório que viver em meio à escassez econômica e vivenciar as dificuldades da condição social contribuem para potencializar a violência e desencadear conflitos dentro de casa. “Nós reconhecemos a organização familiar em sua diversidade e pluralidade e, com isso, conseguimos construir uma relação com as famílias que vai além da sala de aula”, conta Simeia Moraes, CEO da Fundação Edmilson. “ Nosso papel aqui é acolher e entender o que cada criança vive, só assim conseguiremos ser agentes transformadores”.
O desenvolvimento de uma criança não depende apenas do aprendizado cognitivo, mas de vários fatores complementares. Dentre os projetos sociais oferecidos pela Fundação, que tem sede localizada em Taquaritinga, no interior de São Paulo, estão atividades voltadas ao esporte e cultura, como basquete, futebol, vôlei, karatê, balé, teatro, recreação, canto coral e batucada, escrita e leitura, informática e conhecimentos gerais. São projetos inovadores capazes de promover um impacto positivo na sociedade, contribuindo para a mudança de comportamento, criando novas possibilidades para crianças e jovens, com idade entre 5 e 17 anos. “As atividades realizadas são transformadoras. Muitas delas englobam aspectos comportamentais que contribuem para a melhora do desenvolvimento, não apenas em sala de aula, mas também no ambiente familiar”, conta a coordenadora pedagógica Elaine Broisler.
Desde que começou a participar dos projetos da Fundação, Sônia percebeu uma melhora do filho Thiago com relação a interação. “Antes ele era disperso, só queria saber de ficar em frente à TV ou no videogame, hoje ele é um menino que conversa mais com a família e é mais concentrado nas atividades que realiza, comenta Sonia. “Sou muito grata pela Fundação Edmilson que nos abriu as portas e ajudou a salvar o meu filho da frente das telas”.
Já João, de 15 anos, viu na Fundação uma oportunidade de se tornar uma pessoa melhor. “Meu pai é alcoólatra e bate na minha mãe. Eu sempre achei isso normal, mas ficava com medo dele fazer o mesmo comigo, por isso comecei a passar mais tempo na Fundação. Com os ensinamentos que tive aqui já consigo entender o que é correto e o que não é. Quero poder trabalhar, ser uma pessoa do bem e assim mudar a vida da minha mãe”, conta emocionado João.
Crianças e adolescentes estão em fase de desenvolvimento e para que isso aconteça de uma forma equilibrada é preciso que o ambiente familiar propicie condições saudáveis de desenvolvimento, o que inclui estímulos positivos, equilíbrio, boa relação familiar, vínculo afetivo, diálogo, entre outros. “Se as crianças não encontram isso em casa, nós oferecemos aqui na Fundação, mas também trabalhamos com os pais para que entendam a importância dessa fase para os seus filhos”, discorre Simeia.
Para a psicóloga Julia Galli, que atua na entidade, atos violentos ocorridos no contexto familiar não devem permanecer em silêncio. “As consequências da violência doméstica podem ser muito sérias, já que nessa fase as crianças funcionam como uma esponja e absorvem tudo o que veem e ouvem. Nós tentamos identificar esses ambientes e atuamos para mudar esse cenário”, relata.
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