O mundo sempre foi confuso; injusto; imprevisível; previsível demais; habitado por pessoas confusas.
Mas, mais do que nunca, ou mais do que sempre: o mundO se tornou muito confuso: não estamos nos entendendo ou é impressão minha? Digo algo, o outro entende diferente; entendo diferente o que o outro disse, porque ele me informa o que quis dizer (ou pretende que eu pense que disse).
Pessoas aparecem de repente. Somem do nada. Parece que quase sempre há algo por trás: quer saber alguma coisa de mim, quer me sondar, algum favor, interesse, me conquistar, me desprezar, me testar. Falta de naturalidade, algo assim.
Talvez seja só o "dia amargo" que Maíra Cardi citou que às vezes tem. Ou "mais um dia com TPM". Talvez seja desilusão. Ou uma semente de amor que precisa tanto nascer, como um bebê quando a bolsa já estourou.
As coisas e as pessoas me parecem agora confusas... Ou a grande confusão sou eu? Não, não sinto que foi sempre assim. Já foi mais espontâneo, mais suave, mais emocionante ao mesmo tempo, mais coragem.
E você, já se sentiu não parte das pessoas, deste mundo, do agora? De quem sempre pensou que era? Já sentiu o que é "não se sentir", como se necrosado ou perdido em algumas partes de si mesmo(a), talvez o próprio coração?
Não quero ser pessimista, autora de "mimimis" da moda para muita gente ("Textos cruéis demais para ler rapidamente" etc.), deploráveis para outros, não quero soar truncada e trincada.
Apenas, agora, seguro o "crânio do meu coração" e pondero: "Ser ou não ser, eis a questão". É ou não é, eis a questão. Será ou não será, eis a questão.
Se não me alcanço, você me alcançará? Se não me entende, me aceitará? Se está distante, virá de longe?
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