Escola aposta na meditação para ajudar crianças ansiosas com a pandemia

Melissa Suzuki, 7 anos, pratica meditação na escola Interpares
Divulgação

Prática permite que os pequenos desenvolvam o autocontrole das emoções

Ansiedade, dificuldade de concentração, ausência e excesso de sono ou apetite. Esses são alguns dos sintomas de crianças que sofrem com o distanciamento social e o estresse causado pela pandemia do novo coronavírus. Por isso, cresce o movimento de pais, responsáveis e até mesmo instituições de ensino que buscam a meditação para trazer conforto emocional para crianças.

A escola curitibana Interpares atende crianças de zero a seis anos e aposta em duas técnicas de meditação: o Mindfulness, que é focada no exercício de concentração no momento presente, e a Educação Emocional, para gerenciar as emoções dos alunos. 

“São inúmeros os casos de crianças afetadas emocionalmente pela pandemia. O medo de morrer ou da morte de um ente querido, o abre e fecha das escolas, o uso de máscaras, o distanciamento, tudo isso afetou”, conta Day Campos, diretora da escola.

Na Interpares, as aulas de meditação acontecem por demanda e são divididas por faixa etária. “Começamos a aula com cada criança contando como está se sentindo e então fazemos uma pequena meditação. Logo partimos para uma ação de atenção plena e depois uma conversa ou atividade sobre emoções. Terminamos com alguma brincadeira que nos leve a ter atenção, como por exemplo, estátua”, explica Amanda Lieuthier, professora de meditação da escola.

De forma geral, os alunos começam aprendendo a reconhecer as emoções, percebendo em que momento elas surgem e como reagir a elas. A aluna Melissa Suzuki, de sete anos, sofre com ansiedade e impulsividade e a mãe optou por colocá-la na meditação para aprender sobre o autocontrole. 

“A principal diferença é que, por meio da respiração, a Melissa conseguiu controlar a ansiedade. Hoje ela consegue se segurar diante de uma emoção repentina ou intensa. Ela anda mais concentrada também, antes não ficava nem cinco minutos focada e a meditação trabalha muito isso”, detalha a mãe, Caroline Brand.

Segundo Caroline, a filha também aprendeu a ter calma, a verbalizar as emoções e desenvolveu estratégias para gerir os impulsos. “Outro ponto é que a Mel comia por impulso, de forma compulsiva, dizia que só tinha vontade, não que fosse fome. A meditação trouxe para ela um momento de reflexão antes de ceder ao impulso e eu só vi ganhos”, diz a mãe.

Durante a aula, os pequenos costumam ficar em torno de dois a três minutos na prática de meditação em si (em silêncio, de olhos fechados), já que a principal dificuldade das crianças é ficarem paradas sem distrações. "As crianças têm um estado natural de movimento, então explicamos o por que de ficarem esse tempo paradas e respeitamos o tempo de cada uma. A meditação traz benefícios independentemente da idade e as emoções afloradas pela pandemia conseguem ser controladas com a prática”, finaliza a professora de meditação.


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