Revista Projeto AutoEstima: Poderia contar para os nossos leitores como foi o seu início no meio literário?
Dalvilson Policarpo: Sindicalista, lutava pelos direitos da categoria, onde fui acumulando documentos, pesquisas e formulando projetos, que após um tempo, organizei e transformei no livro TRAJETÓRIAS E CAMINHOS DA SEGURANÇA METROVIÁRIA DE SÃO PAULO, lançado em 2018. Como já escrevia coisas, memórias, contos e poemas, e gostei do resultado do primeiro livro, organizei meus poemas e lancei o CONEXÕES ALÉM DA FAIXA AMARELA, participo de antologias com contos e poemas e o gosto pelas letras vai aumentando. Com o advento da aposentadoria, resolvi me dedicar um pouco mais à escrita.
Revista Projeto AutoEstima: Você é autor do livro “Solavancos da Educação". Poderia comentar?
Dalvilson Policarpo: Sim,
escrevi este livro com lágrimas no coração, ao constatar que fomos todos
enganados, enredados e engessados por um modelo educacional voltado para o
trabalho e para servidão. De tempos em tempos, quando avançamos na melhoria da
qualidade do ensino, aparece algum percalço, que nos faz solavancar,
atrasando-nos mais uma vez, não nos permitindo progredir, mantendo-nos neste
fosso, relegando-nos a posição atual de serviçais, exógenos e endógenos.
Revista Projeto AutoEstima: Como foram as suas pesquisas e quanto tempo levou para concluir seu livro?
Dalvilson Policarpo: Ao finalizar este pensamento de que caminhamos educacionalmente à solavancos, em uma carroça de rodas quadradas, foi relativamente simples buscar os dados para embasar a ideia, pois o histórico desse pensamento vem datado desde que os jesuítas chagaram por aqui, com seus métodos de ensino, que anulavam toda cultura local com seu catequisismo. Dê lá para cá, quem conseguir provar o contrário, que se manifeste.
Revista Projeto AutoEstima: Poderia destacar um trecho do seu livro especialmente para os nossos leitores?
Dalvilson Policarpo: A história nos conta que acompanhamos várias tentativas de implementação de modelos diferentes que, quando começam a se encaixar, são abruptamente modificados ou abandonados, dependendo da vontade política do momento ou para servir a algum outro propósito mercantil ou revolucionário de mudança de ventos.
Tendo a
diferença social como guia e o capital como senhor, a educação se encolhe e
assiste as rupturas acontecerem sem ter como se impor, principalmente nos
países colonizados, considerados de terceiro mundo.
A educação no Brasil, desde a sua colonização, vem se
mostrando, historicamente, uma educação movida a solavancos onde a cada mudança
no quadro geral de mandatários, sofre uma ruptura, uma descontinuidade a
serviço do mercado. Neste sentido, pretendo, através da pesquisa, navegar pelas
ondas do passado e demonstrar como foi forjado o título de país do futuro, que
nunca chegará se mantivermos este modelo educacional pois, um país transformado
pela falta da educação, do planejamento e visão de futuro nos rebocou até aqui.
A história não mente.
Revista Projeto AutoEstima: Quais dicas daria aos autores em início de carreira?
Dalvilson Policarpo: Nunca escreva inverdades. As palavras são sementes que devem vingar em solo fértil, se forem boas e verdadeiras, darão bons frutos.
Revista Projeto AutoEstima: Como o leitor interessado deverá proceder para adquirir o seu livro e saber um pouco mais sobre você e o seu trabalho literário?
Dalvilson Policarpo: Este livro foi publicado na plataforma gratuita da Amazon, então quem quiser adquiri-lo nos formatos, físico ou ebook, basta entrar no site, lembrando que o físico vem de fora do país.
Para me acompanhar:
Instagram:
Blog: https://falapoli.wordpress.com/
Spotify:
Perguntas rápidas:
Um livro: A revolução dos bichos
Um (a) autor (a): Florbela Espanca
Um ator ou atriz: Fernanda
Montenegro
Um filme: Amistat
Um dia especial: Hoje
Revista Projeto AutoEstima: Deseja encerrar com mais algum comentário?
Dalvilson Policarpo: A escrita existe para que o homem, ao registrá-la, plante, em quem ler, uma semente que poderá vingar e dar bons frutos ou não, dependendo somente do terreno e do cultivador.
Comentários
Postar um comentário