Envelhecimento: a nova riqueza do homem

Esqueça carros, casas e grandes viagens, as pessoas finalmente entenderam qual o verdadeiro valor da vida: envelhecer bem! E, segundo a Dra. Denise de Carvalho, Membro do Instituto de Medicina Funcional Americano, o segredo está no sistema imune nato e barreiras físicas

Se antes as pessoas tinham horror a envelhecer e perdiam parte de suas vidas trabalhando muito para conquistar boas quantias de dinheiro, e com isso acumulavam doenças, atualmente o cenário mudou.

Boa parte da população já compreende que a saúde deve vir em primeiro lugar e, provavelmente, a pandemia de Covid-19 pode ter sido um grande trampolim para aqueles que precisavam desacelerar para cuidar mais de si mesmos. A longevidade tornou-se a nova riqueza do homem. E para alcançar este objetivo o caminho é ter uma boa imunidade, segundo a Dra. Denise de Carvalho, autora da obra Imunidade, intestinos e Covid-19, publicada pela Editora Pandorga.

Diariamente nosso corpo é exposto a milhares de microrganismos patogênicos que podem desencadear incontáveis batalhas dentro de nós, portanto, manter um sistema imunológico adaptativo é de suma importância. Ou seja, enquanto nossas “fronteiras” se recordarem de certos agressores, elas reconhecerão suas estratégias e poderão se defender contra o que possa lhe causar mal. Entretanto, os agressores inéditos podem fazer nosso corpo sucumbir, antes que tenhamos tempo de enviar uma resposta, como o caso do Covid-19. Então, como nos precavermos do desconhecido?

Com um sistema imune inato e barreiras físicas, ressalta a Dra. Denise.

Composto por substâncias proteicas, células que fazem fagocitose e barreiras físicas, o nosso organismo nos defende nos primeiros dias e até semanas de invasão por um microrganismo, em um processo conhecido como inflamação, que responde de forma rápida e potente.

Para nos proteger de agentes nocivos, o corpo conta com “barreiras” físicas entre todo o conjunto que forma nosso organismo, superfícies epiteliais – incluindo as que revestem o pulmão – e o maior órgão exterior, a pele. Dentre tudo isso, a Dra. Denise ressalta a maior interface de todas, o intestino humano, que diariamente filtra o que comemos e bebemos:

- Primeira barreira: a nossa primeira e enorme interface mucosa, são 200 metros quadrados, que desempenham o papel central e dinâmico a partir de uma variedade de fatores provenientes do ambiente externo, incluindo microrganismos, nutrientes, poluentes e outros materiais.

- Segunda barreira: desempenhada pelas junções estreitas. Estruturas complexas que impedem a passagem de moléculas e íons entre as células intestinais, compostas por proteínas especialmente as chamadas claudina e ocludina. Funcionam como barreira ou portões, conforme a necessidade do momento.

- Terceira barreira: feita mais internamente, pelos receptores reconhecedores de padrão que funcionam como uma cancela. Representam uma família de proteínas que servem como um dos mais precoces fatores da ativação imunológica inata e detectam o material genético estranho a nós.

Para manter essas barreiras fortes e o sistema imune competente, a Dra Denise ressalta:

“Diminuir o estresse sobre o sistema digestivo é o principal. Isso se dá por escolhas alimentares inteligentes, melhora da eficiência da digestão, diminuição da exposição a toxinas, controle do estresse psicológico, cultivo de boas emoções e o uso de alguns suplementos. Nós não estamos indefesos. Temos muito mais poder do que pensamos, quando utilizamos as estratégias corretas para isso”.

Ficha Técnica: Editora: ‎ Pandorga Editora; 1ª edição (3 dezembro 2020)
Idioma: ‎ Português
Capa comum‏: ‎ 176 páginas
ISBN-10‏: ‎ 6587140386
ISBN-13‏: ‎ 978-6587140384
Dimensões‏: ‎ 23 x 16 x 1.2 cm
Preço: R$49,90

DRA. DENISE DE CARVALHO é médica formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC). Fellow do serviço de Gastroenterologia da Universidade de Barcelona em 1999, com especialização em Endoscopia Digestiva pela USP. Coautora do tratado de Endoscopia da USP e autora do livro Quebrando o Círculo Vicioso, publicado em 2019. Premiada pela Organização Mundial de Gastroenterologia, em 2019, com a apresentação do pôster “Incretinas intestinais, microbiota e eixo de adicção”. Membro do Instituto de Medicina Funcional Americano e palestrante de diversos congressos nacionais e internacionais.

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