Cepe é semifinalista do prêmio Oceanos 2021


Os romances A importância dos telhados, de Vanessa Molnar, e Opulência, de Luis Krausz

concorrem com mais 52 obras de língua portuguesa


A Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) está na semifinal do prêmio Oceanos 2021, concedido a obras de literatura em língua portuguesa. A Cepe Editora está entre os 54 títulos selecionados com dois romances: A importância dos telhados, de Vanessa Molnar, e Opulência, de Luis Krausz. 


"É uma alegria ver dois livros da Cepe Editora na lista de semifinalistas do Oceanos, ainda mais dois romances bastante diferentes. Enquanto A importância dos telhados, de Vanessa Molnar, parte da vida de uma professora aposentada em sua velhice para mostrar a persistência dos traumas íntimos e coletivos, Opulência, de Luis S. Krausz, observa os hábitos e contradições dos personagens da burguesia paulista, frequentadora de Campos do Jordão, onde o excesso parece sinônimo também da decadência", afirma o jornalista e editor da Cepe, Diogo Guedes.


A importância dos telhados é o romance de estreia da paulista Vanessa Molnar, que além de prosadora é historiadora e poeta. "Fiquei muito feliz com a notícia. É um reconhecimento enorme porque além da importância do prêmio que contempla vários países de língua portuguesa, meu livro foi indicado junto com vários autores consagrados. Essa indicação significa o reconhecimento do meu trabalho. Agora estou na torcida e agradeço a todos que me apoiaram, inclusive a Cepe que me deu a oportunidade de publicar o livro", declara a autora. 

Vencedor do V Prêmio Cepe Nacional de Literatura 2019, A importância dos telhados narra a história de Ella, professora recém-aposentada que descobre um câncer terminal e começa a recordar o passado, com as vivências da juventude em plena ditadura militar. E assim ela reflete sobre a crise do Brasil contemporâneo, a velhice e a morte. 


Já em Opulência, a narrativa é construída em meio à paisagem da Serra da Mantiqueira, em um

universo que se origina de obras de arte europeias, sonho dos personagens deste romance, que logo se desfaz por causa da exploração imobiliária e da ditadura. Alheios à realidade, os personagens se refugiam numa cega ilusão impregnada de alta cultura. Enquanto lá fora a natureza e os ideais já viraram cinzas. 


Luis Krausz atua em três segmentos de atividade literária: pesquisa acadêmica, a criação literária e a tradução. Já publicou um romance pela Cepe: Outro lugar, vencedor do Prêmio Cepe de Literatura (2016), e do Prêmio Machado de Assis (2018). O primeiro romance, Desterro: memórias em ruínas, foi publicado em 2011. Em 2016 e 2014 ganhou segundo lugar na categoria Romance e foi finalista do Prêmio Jabuti, respectivamente, com os títulos Bazar Paraná e Deserto, ambos da editora Benvirá.

Também já publicou seis livros acadêmicos sobre literatura judaico-alemã e literatura judaica, e realizou 15 traduções de autores como Franz Kafka (no prelo), Thomas Mann (no prelo), Aharon Appelfeld e Friedrich Christian Delius.

A Cepe já foi finalista do prêmio Oceanos em 2018, com o livro Curso de escrita criativa - Nível 2, de Álvaro Filho. Em 2021 foram inscritos 1.835 livros no concurso e 54 foram classificados para a segunda etapa. Um júri formado por sete integrantes vai selecionar os dez finalistas, que serão divulgados em novembro.

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