O que a partida de Marília Mendonça tem a nos ensinar

 

Fonte: Revista Quem Globo

O Brasil ficou chocado com a súbita morte (ou passagem, como preferem alguns) da cantora de maior sucesso do Brasil atualmente - ao menos, uma delas. Marília Mendonça tinha apenas 26 anos - quase entrou para o "Clube dos 27", um lindo filho, um suposto novo affair, uma história de superação na luta contra a balança, uma vida pela frente. 

E então, no dia 5 de novembro de 2021, ela de repente se foi. Desta vez, não se pode culpar o Covid. Os shows estavam voltando, após um longo isolamento - embora a Europa tenha voltado a ser o epicentro de novas variantes de Covid no mundo, e a pandemia não esteja de fato acabando. 

Marília Mendonça se foi, com mais 4 pessoas, porque - ao que dizem - seu jatinho falhou, batendo ainda em um fio de energia antes de cair, destruído e vencido, na caatinga de Minas Gerais. Alguém sabe que o piloto deixou 3 filhos, e o co-piloto, 2 filhos e uma mulher grávida de 7 meses? E a tia de Marília, que estava no fatídico e inusitado voo, abatido pelo fim?

Desde 2020, temos perdido muitas pessoas - famosas e anônimas - por Covid. Outras, por acidentes ou doenças variadas. Ninguém esperava que Marília Mendonça confirmasse a lei de que "a vida é um sopro", como descreve o livro de Eclesiastes na Bíblia. Mas a vida, o humano, não passa de um vento que vem e vai, é vaidade, trabalhar e aproveitar os frutos do trabalho são a essência da sobrevivência. A vida é curta, seja 10 ou 100 anos.

O Brasil se comove. Não há como "desatar" o nó desta ausência. Ela perdurará nos corações de todos os admiradores e os que amavam Marília, apenas Marília, de verdade. 

O que Marília Mendonça, Paulo Gustavo, Renato Russo e tantos outros, famosos e anônimos que se foram cedo, cedo demais, podem nos dizer? A vida, que é um sopro, precisa ser vivida enquanto a temos. Vivida com sabedoria, mas sonhando e realizando. Perto - mesmo que por uma tela - de quem amamos. Não sabemos qual vai ser o último olhar, o derradeiro abraço, beijo, sorriso, o "até amanhã" ou "nos vemos no findi".

Antes que nossa vida se desfaça, e nos tornemos apenas lembranças aos que vivem neste plano, em fotos, objetos e vídeos, em uma lápide, vamos AMAR, perdoar, perdoar a nós mesmos e aos outros, plantar girassóis, ser girassol que se volta para a luz, deixar um legado, fazer nossa vida valer a pena.

Estamos todos, ou quase todos tristes. Eis que a vida, ou Deus, vem nos lembrar: "O homem não passa de pó, vem e logo se vai". Esteja preparado. Melhore, busque fé e paz um dia de cada vez, valorize sua vida, o dia de hoje, quem você ama. Seja lembrado com uma lágrima dócil de saudade e um sorriso orgulhoso. Não importa se você é uma cantora com 40 milhões de seguidores no Instagram, o sucesso do momento, ou se é uma dona de casa, um estudante cheio de sonhos (e frustrações), um "peregrino" buscando seu lugar no mundo.

O sucesso afinal é ser e fazer feliz. Ainda que a tristeza nunca nos abandone por completo. Felicidade é uma estrada, são escolhas contínuas.

Dê o seu melhor, deixe seu legado. Não há quem possa controlar totalmente seu presente e seu futuro, por mais que tente. Mas nós temos o agora e o hoje. Agradeça, ajude, ame, o mundo precisa de amor mais que de semideuses e aplausos. Faça a diferença onde estiver, aonde for, com humildade, compreensão e resiliência.

#RIP Marília Mendonça. Que sua vida seja exemplo de conquistar sonhos e se tornar inesquecível. De viver só por hoje, amar só por hoje, sorrir só por hoje. 



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