A Incrível Jornada (de ser quem você é onde precisa estar)

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Quando eu era criança, uns 8 ou 9 anos, um filme me marcou - já enfeitiçada pelo amor aos pets: "A incrível jornada", em que alguns bichinhos (não lembro quantos, talvez só um gato e um cachorro, mas o gato era ruivo porque sempre gostei de gatos ruivos) tentavam voltar para casa, após terem se perdido, ou seja, para seus pais.

O que hoje gostaria de dizer talvez não tenha, à primeira vista, muito a ver com o filme dos bichinhos. Mas, agora vejo, tem, sim. Eu e você estamos em uma "Incrível Jornada" na nossa vida. A jornada de saber quem se é, e de encerrar ciclos e começar novos. De se adaptar às mudanças. E de percorrer o caminho, único para cada um de nós, até encontrarmos nosso lar. 

Esta busca dura a vida toda: ou você parou antes. Encontrar a si mesmo(a) e ao lugar (pessoas) onde você pertence é o que chamamos de "vida". As rotas mudam, existem encruzilhadas. Existem momentos de "parar para respirar", pit stop. Há os passos para trás, o parar à beira da estrada. Melhor a direção que a velocidade, sempre nos lembra Clarice Lispector. E como ela andou bonito (e bonita)! 

Portanto, A Incrível Jornada - muitas vezes nem tão incrível assim, no sentido mais positivo da palavra - se chama viver. E viver não é uma linha reta, uma cartilha, ou não devia ser. Embora muitos a desperdicem assim, matando sonhos e quem realmente gostariam de se tornar ou, lá dentro, já são. Tornando-se pessoas rancorosas, ressentidas, invejosas, amarguradas, ainda mais diante da coragem de outros. Não seja pequeno(a) assim! E saiba que o caminho "além do arco-íris" sangra, e muito, os pés. 

A Incrível Jornada é a busca do lar, e esse lar fica dentro de cada um de nós. É onde nos encontramos no mundo. Para saber onde está, é necessário enfrentar a "Natureza Selvagem" de Brené Brown (2021), assumindo nossa vida e atravessando desertos, montanhas, vales, lobos, ursos, rios, "inimigos" sempre à espreita. Nós mesmos, como nosso(a) maior inimigo(a).

Encontrar nosso lar, nosso eu, nosso lugar, é o objetivo da Incrível Jornada, e não precisa ser e raramente é definitivo, como mencionei. É uma missão, e, quando ela se encerra, "viramos estrelinha". Se você está vivo(a), saiba que há um propósito para isso. Acorde! Deixe-se sangrar para curar! Não acredite no que eles disseram, você consegue! Não sei como, nem quando, mas se for o sentido da sua vida, conseguirá! 

O grande artista Picasso afirmou: "⁠O sentido da vida é encontrar o seu domO propósito da vida é compartilhá-lo". Sem compartilhar o melhor que temos em nós, aquilo que somos de verdade, o que podemos dar, qual o sentido de viver? Somos seres sociais, afetivos e que nascem predestinados a amar e ser amados. Quando isso não ocorre, tanta coisa pode ocorrer... Por exemplo, a Solidão, que mata mais que cigarro e álcool em excesso, segundo pesquisas da própria Dr. Brown, PhD. 

Você, na sua Incrível Jornada - com seus amigos, sua família ou sozinho - já descobriu o sentido da sua vida? Já o partilhou? Nem sempre o mais fácil ou valioso aos olhos de um mundo gelado é aquilo que nos faz feliz e aos outros.

Para terminar, recomendo "A coragem de ser você mesmo", de Brenné Brown, PhD, não à toa número 1 na lista de best sellers NY Times (com "A coragem de ser imperfeito", livro prévio). Ela estuda há décadas temas como culpa, vergonha e a "Natureza Selvagem", que aqui chamei de "Incrível Jornada".

E sabe de uma coisa? Você não pertence tanto a lugar algum quanto a si mesmo(a), ao seu coração e à sua alma. Ao seu sentido e propósito de vida. Pertença-se!

Tenham um bom resto de semana!


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