Não sabemos (podemos) mais ficar tristes - Vídeo da psicóloga Ana Beatriz Barbosa

 



Eu estava pensando em algo que pudesse escrever. Talvez sobre censura. Ou dicas de saúde, comportamento. Autoconhecimento. Então, deparei com um vídeo incrível de uma das psicólogas (e escritoras) mais famosas do Brasil: Ana Beatriz Barbosa. 

O que ela descreve naquele vídeo me atravessou, continua me atravessando, rodopiando, criando e rompendo sinapses - conexões cerebrais e sentimentais. "Prazer não é felicidade", "tristeza é necessário", "o dinheiro dá o básico legal", mas, depois, cria ilusões e insensibilidades. A "positividade tóxica", "fake news de uma vida perfeita nas redes sociais", a "vergonha de ficar triste" (ainda que só para si mesmo(a), sem demonstrar, como exige muitas vezes nossa vida social e profissional) são temas abordados em seu mais novo livro: Felicidade: Ciência e Prática para uma vida feliz (2022). 

Engraçado porque, em uma geração que celebra a positividade - e ela deve ser celebrada, porém nada mais humano que aceitar e lidar com a tristeza, a frustração e o medo; nessa geração narcisística das redes sociais e dos filtros, a quantidade de casos de depressão, ansiedade e suicídios só aumenta. Gente que bate exacerbada nos consultórios de psicólogos e psiquiatras, gasta fortunas até para "se consertar". Gente que desaprendeu a sofrer, a estar só, a descobrir a solitude (virtude de estar só), não apenas a solidão, e evita olhar para dentro de si mesmo. 

Em muitos casos, pessoas que se renderam ao ceticismo (nesse ponto, discordo de Ana Beatriz Barbosa, que parece excluir de sua análise os componentes espirituais, Bem e Mal, condensando-os em fantasias, exploração alheia ou até psicoses, mas respeito opiniões). Aliás, acho que o grande "pecado" de doutores da mente é, quase sempre, excluir Deus e o que chamamos de "alma". Nossas maiores feridas estão lá, na alma, e grandes fenômenos podem ocorrer no mundo espiritual, interferindo no físico e vice-versa.

Eu sei, repito, é primordial, diplomático e socialmente saudável se resguardar intimamente, amigos e confidentes reais são poucos, incluindo, para quem crê, como eu, o próprio Deus: Pai, Filho e Espírito Santo, e seus anjos. Somos seres competitivos, e, onde houver amor natural, perdão e abraço, lágrima enxugada por mão compreensiva, um colo, um ouvido, um conselho, ainda que possa ser duro de se seguir, ali haverá uma dose de cura. E de raridade, em um mundo gélido.

Mas este foi apenas um adendo. Gostaria de lhes apresentar o vídeo como uma reflexão, sobre si mesmo(a), seu meio, passado, presente, o quanto de natural ou sacrificial há em seus atos, seus pensamentos, suas palavras, o quanto somos capazes de acreditar em personagens que nós mesmos(as) criamos, nem sempre por vaidade, mas por necessidade de sobrevivência ou resiliência. 

A seguir, exponho o vídeo da dra. Ana Beatriz Barbosa, que tem vários livros sobre os mais diversos temas, como ansiedade, depressão, psicopatia, autismo, transtorno de personalidade borderline, bipolaridade e felicidade (ela me pagou pela propaganda. Brincadeira, rs), 

Por fim, antes. Talvez estejamos em um furacão tão violento e brilhante, mas ao mesmo tempo obscuro, que não enxerguemos mais direito quem somos, o que queremos, o que buscamos. Talvez estejamos vendo pelos olhos de outros, será? Ou com os olhos que queríamos ver? Podemos mudar nossa visão de nós mesmos(as) e do mundo? Podemos, sempre, mudar para melhor, para nós mesmos em primeiro lugar.



Comentários