Coleção Turma do Planeta, de Silvana Gontijo, contribui para as reflexões ambientais e culturais em sala de aula
Silvana Gontijo, autora da série de livros Turma do Planeta - Créditos Nello Aun |
O projeto é uma ação do programa Esse rio é meu, organizado pela OSCIP Planetapontocom e contribui para que escolas apoiem na conscientização sobre a recuperação e preservação dos rios
Acreditando que a educação e a literatura devem caminhar juntos para expandir e enriquecer o conteúdo oferecido pelas escolas, a educadora e escritora Silvana Gontijo lança, pela Yellowfante, selo do Grupo Autêntica dedicado ao público infantil, a série de livros Turma do Planeta, pensada para inspirar mestres e estudantes e promover o debate ambiental.
O projeto é uma ação do programa Esse rio é meu, organizado pela OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) Planetapontocom. Fundamentado na busca pela valorização do patrimônio cultural, natural, material e imaterial, o projeto busca mobilizar, através de propostas inovadoras nas metodologias e práticas docentes, as escolas a trabalharem pela recuperação e preservação do rio mais próximo a elas.
Atualmente, o programa constrói duas iniciativas voltadas para o Ensino Fundamental público: Cidades salvem seus Rios e a Turma do Planeta, que traz um universo ficcional de 14 personagens que viajam no tempo através da música e vivenciam desafios ambientais, éticos, científicos e estéticos.
SOBRE OS LIVROS
Os personagens da Turma do Planeta foram construídos buscando representar a diversidade humana, bem como a pluralidade étnico-cultural e racial brasileiras. Eles se conhecem e se juntam, inicialmente através de um interesse em comum: a música. Através dela, vivem as mais incríveis aventuras.
Ao longo da série, os personagens, guiados pelo amor pela música, apresentam as transformações que ela pode gerar e a potência dessa arte na construção da diversidade e da amizade. Em Como tudo começou, livro que dá início à jornada da Turma do Planeta, a aventura começa quando os amigos se interessam em descobrir como tocar o didgeridoo – um instrumento musical de sopro pouco conhecido no Brasil. Mas, para isso, eles precisam se aventurar fora da cidade e descobrem o mundo mágico da Floresta do Beija-Flor Azul, onde aprendem a viajar no tempo através da música.
Já em O enigma do trocano, segundo volume da série, o personagem Zeca, repórter do jornal da escola, ganha de presente um trocano e, para aprender a tocar o instrumento em um lugar tranquilo, vai à Floresta do Beija-Flor Azul com seus amigos. Nesse vale mágico, a turma faz uma viagem no tempo que muda tudo que eles pensavam saber sobre os povos originários do Brasil e sobre como sentir os sons.
As descobertas continuam em Sonhando acordado, terceiro volume da série, no qual a Turma do Planeta resolve investigar mais sobre o passado do rio Carioca, abrigado pela Floresta do Beija-Flor Azul. Influenciados pela lenda contada por cacique Moabaetê, eles voltam no tempo através da música outra vez e veem, de perto, como os portugueses não foram bons para os indígenas brasileiros, que tiveram de abandonar suas terras, nem para as nossas riquezas naturais, que, aos poucos, foram devastadas.
O desequilíbrio ambiental provocado pela poluição é o tema do quarto volume da série. Em Agitando a galera, a Turma do Planeta se depara com um cenário preocupante após uma grande tempestade. Começam, então, uma força-tarefa para recuperar o curso d'água utilizando todos os recursos disponíveis a fim de informar e sensibilizar a comunidade sobre os perigos da degradação do meio ambiente e a importância de preservá-lo.
Com o movimento "Carioca, o rio do Rio", a Turma do Planeta conquista um grande feito em Nas águas do tempo, o quinto volume da série. Ao serem convidados para a roda de conversa do programa de Palé Rezende, uma youtuber e apresentadora com grande visibilidade no país, os amigos se deparam com perguntas desafiadoras e percebem que ainda têm muito a aprender. Determinados a fornecer respostas completas e embasadas, a turma decide embarcar em uma nova aventura para desvendar os mistérios por trás da poluição do rio.
Por fim, em Um rio que canta e encanta, o último volume das aventuras da Turma do Planeta, os jovens se veem correndo contra o tempo para interromper a poluição que ameaça o rio Carioca. Diante do rastro de devastação deixado por uma nova tempestade, os amigos aprendem a importância da união, da resiliência e da busca por soluções sustentáveis. Enfrentando obstáculos aparentemente intransponíveis, eles descobrem que a força da amizade e o poder da ação coletiva podem superar qualquer desafio.
Ilustrados por Mirella Spinelli, os personagens da Turma do Planeta mostram a possibilidade da convivência harmônica na diversidade e as vantagens da colaboração em contraponto à competição, tendo o lúdico como estratégia para construir conhecimento.
SOBRE A AUTORA
Nascida em Belo Horizonte, Silvana Gontijo é escritora, diretora de arte, desenhista industrial, jornalista e roteirista. Quando era criança, vivia em contato com a natureza e com a arte brasileira, o que a levou a descobrir sua vocação: transmitir à juventude a importância da nossa cultura, assim como as histórias, os mitos e a música.
Está à frente do Planetapontocom, uma organização que busca soluções para a educação de crianças e jovens por meio de propostas pedagógicas inovadoras. Pela Editora Yellowfante, publicou os livros Como tudo começou e O enigma do trocano, ambos parte do projeto Turma do Planeta. Utilizando-se de diferentes suportes, a escritora criou, além das aventuras literárias, objetos de ensino e aprendizagem em forma de games e livros.
SOBRE A ILUSTRADORA
Mirella Spinelli é mineira de São João Del-Rei. Formou-se em Desenho pela Escola de Belas Artes da UFMG e deu continuidade à sua constante curiosidade por meio de muita leitura e da busca de todas as fontes de informação que surgissem. Fez pós-graduação em Arte Contemporânea na PUC Minas e em História da Cultura e da Arte na UFMG. Além de ser ilustradora e artista plástica, escreve livros de arte e foi professora de ensino superior.
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