Não importa o quão forte você se considere, ou seja. Não importa quantas vezes tenha passado por dificuldades as mais inimagináveis. Haverá um, e até mais de um, momentos em que você vai perceber: você sempre vai perder uma batalha na vida. Para quem? A Morte. É, talvez, simplório dizer isso, mas é o próprio ciclo da vida terrena: nascer, viver, morrer.
Acho que, ainda mais difícil do que pensar em nós mesmos nos esvaindo da realidade do mundo visível, sem a total certeza do Além, é não termos mais quem amamos neste plano, ao nosso lado. Quanto mais o tempo passa, mais pessoas vamos perdendo na terra, ainda que o espírito seja eterno (há quem não acredite em Eternidade).
Onde estão aqueles que se foram? Onde, exatamente, estão?
Vamos nos reencontrar um dia? Vamos nos reconhecer? Como seremos?
No fim, ela sempre vence: a Morte. Se podemos ou não a evitar, não sei. Se a podemos enganar, adiar, negociar, não sei. Mas ela vai vencer.
Ficam a saudade, as boas lembranças, o legado. Que legado você vai deixar? Inspirou alguém, fez diferença no mundo? Amou, mesmo sem ser amado(a) como gostaria?
Enfim, a Morte é para reis e mendigos, e tudo o que é material ficará aqui. Faraós tinham tumbas riquíssimas, repletas de mantimentos para alimentar a múmia na Eternidade. Estão lá até hoje, apodrecendo, provisões e múmias. E os manuscritos colocados com o "caminho até o Céu" junto às câmaras mortuárias.
Bem, se temos de morrer um dia, qualquer dia, vamos, antes, viver. E pensar no destino da nossa alma.
"De que vale ao homem [ser humano] ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma" (Bíblia Sagrada). Não se trata de religião. Muito menos de fundamentalismo religioso, mas de escolher seu destino. Eu acredito que aqui na terra escolhemos onde vamos estar na Eternidade.
Hoje, meu coração está pesado. Ela venceu mais uma vez, afastou quem eu amava e gostaria de ter amado "melhor". Não somos perfeitos. Se formos pessoas compreensivas, e ao mesmo tempo ativas para um mundo melhor, pessoas melhores, estaremos no caminho certo.
Paz, lágrimas omitidas e paz.
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